quinta-feira, 3 de julho de 2014

Charles Finney.

Senti no meu coração o desejo de escrever sobre um acontecimento na vida de Charles Finney que marcou muito a minha vida. Tenho repetido muitas vezes em minhas mensagens ao longo dos meus 42 anos da pastorado em igrejas batistas da CBB. Devo ter lido em algum dos livros do Pastor Enéas Tognini ou em outro livro sobre avivamento espiritual. Não me lembro onde. Vou relatar com minhas próprias palavras:

Segundo o relato que li, Finney era um advogado, e participava da área da música, como violinista,  na igreja onde era membro. Sentindo-se descontente com sua vida espiritual, vida fria, sem paz, sem alegria, sem poder do Espírito Santo, um dia decidiu ir orar no mato até que sentisse paz e alegria em seu coração.

Foi para meio da floresta e começou a orar, mas toda vez que o vento balançava uma árvore, e uma folha caía, ele se levantava para ver se era alguém que estava andando ali por perto. Estava com medo que alguém o visse ajoelhado no meio do mato orando. O fato se repetiu por diversas vezes, ou seja, muitas vezes ele se ajoelhou para orar e se levantou pensando que alguém estava se aproximando, mas não era ninguém, ou era uma folha levada pelo vento ou era uma lagartixa que corria.

Chegou um momento em que ele disse, pensou consigo mesmo:

- Eu, um miserável pecador, estou aqui para buscar a presença de um Deus Santo, e estou com medo de que outro miserável pecador como eu me veja ajoelhado aos de um Deus Santo? Agora vou me ajoelhar, e só me levantarei dos meus joelhos quando a minha oração for ouvida. Pode o mundo cair ao meu redor que eu não me levantarei.

Depois de determinado tempo, sentiu paz em seu coração, entendeu que podia se levantar e voltar para sua casa. Não aconteceu nada estranho, não falou em outras línguas, não ouviu barulho nenhum, não viu fogo descer do céu, não viu brasas acesas no meio da floresta, mas sabia que ele não era mais o mesmo, tinha paz e alegria no seu coração.

Chegou em sua casa, pegou o seu violino e começou a tocar aqueles hinos que ele sempre tocava, aí ele percebeu que alguma coisa tinha acontecido com ele. O som daquelas notas musicais, que antes não falava nada com, agora  falava profundamente ao seu coração. Ele tocava e chorava ao mesmo tempo.

Saiu na rua e falou de Jesus para uma pessoa com quem ele já tinha falado diversas vezes, sem qualquer resultado, e percebeu que aquela pessoa começou a chorar de arrependimento. As palavras faladas eram as mesmas de sempre, mas o evangelista não era o mesmo, antes era um homem vazio, sem alegria e sem paz, agora, era  um homem cheio de alegria e paz, agora, era um homem cheio do Espírito Santo.

Entrego este pequeno relato nas mãos de Deus.

Que o Deus que visitou Finney no meio da floresta possa nos visitar também!

Abraços a todos!

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, São Paulo, Brasil.