sábado, 28 de novembro de 2015

Meu compromisso com o sistema batista

Meu caro Abel, meu irmão de sangue e meu pai na fé batista, porque foi você que me levou para a Igreja Batista em Perdizes, São Paulo, Brasil, onde fui batizado pelo pastor Enéas Tognini dia 24 de novembro de 1963.

Você sabe muito bem que estamos dentro do sistema batista e somos fiéis a ele.
Nosso pai, Casimiro José de Oliveira, me disse, no dia em que saí de casa, com 16 anos de idade, para vir para São Paulo, sim, nosso pai me disse:

- Meu filho, sê homem!

Nosso pai não conhecia a Bíblia, mas disse a mim a mesma palavra que Davi disse a seu filho Salomão.

Eu não me esqueci, por isso eu critico o sistema batista, porque estou dentro dele, mas sou fiel a ele porque tenho um compromisso com ele.

Igreja pastoreada por mim tem que ser fiel ao plano cooperativo e às ofertas missionárias.

A Congregação Batista de Tapiraí, pastoreada por mim, envia a parte do plano cooperativo mensalmente, e dedica os meses de fevereiro e março para o levantamento da oferta de missões mundiais, os meses de maio e junho para as ofertas de missões estaduais, os meses de agosto e setembro para as ofertas de missões nacionais, e vai dedicar o mês de dezembro para missões regionais porque o novo executivo da região assim deseja.

No meu entendimento, igreja que não quer cumprir esses compromissos deve pedir sua exclusão da Convenção Batista Brasileira.

Igreja que não é fiel ao plano cooperativo e às ofertas missionárias está sendo infiel a um compromisso feito quando pediu a filiação.

Pastor que leva sua igreja a não cumprir esse compromisso está cometendo uma falta moral e ética, é pastor infiel, é pastor que não cumpre a palavra empenhada.

Critico o sistema, mas estou dentro do sistema e sou fiel a ele.

Adriano Pereira de Oliveira.

Tapiraí, São Paulo, Brasil, 28 de novembro de 2015.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

A falta de mordomia dos batistas brasileiros



Este é um assunto que tem angustiado a minha alma, por isso estou escrevendo.

Estou falando de mordomia no sentido de boa administração dos recursos providos por Deus para a expansão do Reino.

Tudo começa em 1.907 quando foram criadas a Convenção Batista Brasileira e as duas juntas missionárias, uma para evangelizar o Brasil e outra para evangelizar os países estrangeiros.

Será que não bastaria uma? Será que não seria suficiente criar uma única junta de missões?

Mas naquele tempo isso não era problema para os batistas brasileiros porque os executivos das referidas juntas eram os missionários norte-americanos, sustentados pelos batistas dos Estados Unidos.

As ofertas levantadas pelas igrejas nos respectivos dias de cada junta eram usadas integralmente para o sustento dos missionários nos campos.

Mas as ofertas não estavam sendo suficientes, então resolveram criar o plano cooperativo através do qual cada igreja enviaria dez por cento de suas entradas mensalmente.

Mas nesse tempo já existiam também as convenções estaduais que queriam a sua parte no plano cooperativo, certamente como condição para que o plano fosse aprovado. E assim, os recursos do plano cooperativo foram divididos, metade para a convenção de cada estado e metade para Convenção Batista Brasileira.

De início, as convenções estaduais ficaram contentes porque geralmente os executivos das convenções estaduais eram também missionários norte-americanos sustentados pelos batistas da outra América.

Com o decorrer do tempo, e com o afastamento dos missionários norte-americanos de cargos executivos, as convenções estaduais foram avançando cada vez mais no plano cooperativo, aumentando sua parte e diminuindo a parte da Convenção Batista Brasileira.

E por fim, surgem as associações regionais dentro de cada estado, querendo também a sua parte no plano cooperativo para sustentar mais um executivo.

E todo mundo usa o mesmo argumento: Queremos fazer missões!

A minha cabeça fica cheia de perguntas: Para que missões regionais, missões estaduais e missões nacionais? A região não está dentro do estado? O estado não está dentro do Brasil?

Será que não está na hora de repensarmos o nosso modelo missionário? Será que não está na hora de termos menos executivos e mais missionários? Será que não está na hora dos nossos executivos cuidarem mais de missões e de missionários do que de parcerias disso e daquilo com empresas particulares? Será que não é por causa disso tudo que muitas igrejas estão deixando de lado o plano cooperativo?

Muitas outras perguntas poderiam ser feitas, mas vou parar por aqui.

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, São Paulo, Brasil

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Cumprindo uma missão


A missionária Esther Ergas me deu uma missão: Escrever alguma coisa do coração sobre minha convivência com a Missionária Ana Wollermann. Tia Ester, como é conhecida entre os alunos do Seminário, disse que muita coisa já foi escrita sobre Dona Ana, mas ela queria que eu escrevesse algo que partisse do coração, e não de pesquisas em livros.

É isto que vou procurar fazer neste modesto artigo. Primeiramente, quero salientar que Esther Ergas é a pessoa que mais conviveu com Ana Wollermann, tanto no Brasil, como nos Estados Unidos. Foi sua companheira inseparável.

A primeira vez que ouvi falar de Ana Wollermann, surgiu em minha mente um pensamento, uma comparação, Ana Wollermann é para o Mato Grosso (naquele tempo ainda não tinha sido criado o Mato Grosso do Sul) o que Rosely Appleby foi para Minas Gerais, ou seja, uma avivalista, uma mulher de oração.

Foi isso que constatei a partir de 1973, quando assumi o pastorado da Igreja Evangélica Batista de Ponta Porã. Eu tinha lido muito sobre avivamento espiritual, pois fui discípulo de Enéas Tognini. Percebi que o que estava ocorrendo no sul do Mato Grosso, região de Dourados, era um verdadeiro avivamento espiritual. Pessoas se convertendo em grande quantidade, grandiosos encontros de jovens para louvor e oração, muitos jovens sendo vocacionados para o ministério, muita alegria, muito fervor espiritual, muito amor entre os irmãos. Era o ambiente que eu desejava para começar o meu ministério.

Logo tomei conhecimento de que tudo tinha começado quando alguns obreiros daquela região, liderados pela missionária, sentiram o desejo de clamar fervorosamente ao Senhor. Entre eles, estavam a missionária Esther Ergas, o pastor Washington Antenor de Souza, da PIB de Dourados, o evangelista Nelson Alves dos Santos e o diácono José Pereira Lins. Mais tarde, chegou também o pastor Williams Balaniuc para reforçar o grupo.

Foi em consequência desse avivamento que surgiu um Instituto de Férias, que em 1974 se transformou em Instituto Teológico Batista Ana Wollermann, e que hoje é uma Faculdade Teológica credenciada pelo MEC.

Durante o tempo em que estive em Ponta Porã, 1973 - 1987, servi ao Seminário como professor e como membro do Conselho Administrativo, ocupando algumas vezes a presidência. No início, os professores não recebiam salários, eram voluntários, mas não tinha salário maior do que o privilégio de conviver com aquele ser humano maravilhoso que era a querida missionária Ana Wollermann, e ouvir suas palavras de gratidão. Eu ficava emocionado quando ela dizia para mim:

- Como eu louvo a Deus pela vida do irmão!

Por sugestão dela, enquanto eu estava em Ponta Porã, fui convidado duas vezes para assumir a direção do Seminário. A primeira, quando o pastor Williams Balaniuc deixou a direção. A segunda, quando o professor Ivan Araújo Brandão saiu. Mas entendi que não era o momento de assumir.

Mais tarde, em 1989, quando eu estava pastoreando a Igreja Batista do Bairro do Limão, em São Paulo, e ela já estava aposentada nos Estados Unidos, veio o terceiro convite. Aí, fui exortado pelo meu irmão Abel Pereira de Oliveira a aceitá-lo. Ele disse:

- Rapaz, quando Deus fala pela terceira vez o negócio não é brincadeira!

Deixei a Igreja Batista do Bairro do Limão e o curso de Pedagogia na USP, e fui assumir a reitoria do Seminário num período de crise, quando a torneira estava fechada, e os dólares não estavam vindo dos Estados Unidos. Mas graças a Deus a confiança foi restabelecida, a torneira se abriu, e, num período de três anos, construímos a capela e a biblioteca.

Dona Ana ajudou financeiramente muita gente. Eu fui ajudado por ela a participar da Campanha Evangelística promovida pela nossa Junta de Missões Mundiais em Portugal e na Espanha, em 1984. A ajuda dela foi fundamental para minha participação.

Louvado seja Deus por tudo!

Adriano Pereira de Oliveira

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vassoura nova varre os cantos


O fato que estou narrando em seguida, foi contado por um professor, há mais de 40 anos, numa sala de aula, onde eu estava presente como aluno.

Vamos à narrativa.

Um jovem pastor, muito culto, muito conhecido entre os batistas brasileiros naqueles tempos, e hoje muito mais, assumiu o pastorado de uma Igreja Batista em substituição ao velho pastor que tinha servido àquela Igreja durante algumas décadas, e agora estava jubilado, mas permanecia como membro da mesma.

O novo pastor, com toda aquela energia característica da juventude, exercia o pastorado com muita dedicação, procurando dar o melhor de si no sentido de levar o rebanho a uma maior consagração.

Um membro da Igreja achou que o novo pastor estava sendo muito rigoroso, e foi reclamar com o velho pastor jubilado.

O velho obreiro, com toda tranquilidade, e com muita sabedoria, fez a declaração que serve de título para esta pequena crônica:

- Meu irmão, vassoura nova varre os cantos!

Parabéns, venerável pastor!

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.



quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A força da tentação

Eu era pastor em uma cidade onde o povo tinha o costume de jogar água uns nos outros durante o carnaval.
Eram os dias do carnaval. Eu estava na sala de minha casa, a casa pastoral, junto com meus filhos e um garoto, filho de uma senhora, membro da igreja, que morava ao lado.
De repente, aparece na frente da casa a empregada da referida senhora e grita para o menino:

- Vamos jogar água no povo na rua!

O menino olhou para mim, e eu disse a ele, fala com ela que você é crente. Ele respondeu bem alto:

- Sou crente!

Em seguida, ela tornou a gritar lá da rua repetindo o convite.
O menino olhou para mim, e eu disse para ele dizer a mesma coisa.
Ele respondeu novamente, com voz mais baixa:

- Sou crente!

A moça repetiu o convite pela terceira vez.
O garoto olhou para mim, e antes que eu dissesse qualquer coisa, ele disse com voz forte:

- Vamos!

Pensei, a força da tentação repetida é muito grande!

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

O que é o Cacolespo?

A palavra Cacolespo é formada com as letras iniciais dos sobrenomes Campos, Coelho, Luz, Elias, Sampaio, Pereira e Oliveira.
Fazem parte do Cacolespo, os descendentes de Vitório Inácio Pereira e Escolástica Ferreira Campos, os descendentes de Antonio Coelho e Maria Joaquina, e especialmente, os descendentes de Leonardo José da Luz e Josefa Maria da Encarnação, e seus filhos, entre eles, Antonio José da Luz, João José da Luz, Alexandrina Maria da Encarnação, Silvéria Maria da Encarnação, Felipa Maria da Encarnação e Gina Maria da Encarnação.
Alexandrina Maria da Encarnação foi esposa de João Elias Sampaio.
Silvéria Maria da Encarnação foi esposa de José Manoel de Oliveira.
Felipa Maria da Encarnação foi esposa de Antonio Inácio Pereira.
Gina Maria da Encarnação foi esposa de Marcos Pereira.
Todas essas pessoas viveram e morreram na região de Jequié, Manoel Vitorino e Boa Nova, Bahia, onde vivem ainda muitos dos seus descendentes, mas os outros, a maioria, está espalhada por diversos estados do Brasil, e alguns estão em outros países.
O grupo Cacolespo foi criado por Adriano Pereira de Oliveira, filho de Casimiro José de Oliveira e Vitória Maria da Encarnação, neto de Antonio Inácio Pereira e Felipa Maria da Encarnação, e de Brígido José de Oliveira e Jovenalina Ferreira Campos, bisneto de Vitório Inácio Pereira e Escolástica Ferreira Campos (lado paterno), novamente, de Vitório Inácio Pereira e Ana Coelho (lado materno), de José Manoel de Oliveira e Silvéria Maria da Encarnação, e bisneto e tri neto de Leonardo José da Luz e Josefa Maria da Encarnação, e trineto de Antonio Coelho e Maria Joaquina.

Cacolespo

Levando em consideração o resultado de novas pesquisas, o nome do perfil e do grupo Calespo no Facebook foi mudado para Cacolespo para incluir também nossa origem na família Coelho, como resultado do relacionamento de Antonio Coelho com Maria Joaquina, e levando em consideração também que Josefa Maria da Encarnação, esposa de Leonardo José da Luz pode ter sido filha de Antonio Coelho Sampaio, o fundador de Boa Nova, Bahia.
A palavra Cacolespo é formada com as letras iniciais dos sobrenomes  Campos, Coelho, Luz, Elias, Sampaio, Pereira e Oliveira

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Furtuoso e Dezinha

Pensei muito, antes de escolher o título desta crônica. Creio que o título escolhido é o mais adequado, e fica comprovado através da história que vou contar. Vamos em frente.

Meu primo Furtuoso Galdino da Silva, filho de Cesária Ferreira Campos e Massionílio Galdino da Silva, foi ainda menino morar na casa de seu padrinho Silvino Elias Sampaio, filho de Martinho Elias Sampaio.

Naquele tempo, era comum o afilhado ir morar na casa do padrinho. Aliás, a palavra padrinho significa paizinho, é o segundo pai.

Quando Furtuoso já era um rapaz feito, recebeu o seguinte recado de Martinho Elias Sampaio, pai de seu padrinho Silvino:

- Já está na hora de você se casar. Você escolhe, se quer se casar com Báia, minha filha, ou com Dezinha, filha de seu padrinho.

Furtuoso escolheu Dezinha, com quem se casou e teve onze filhos.

Tive o privilégio, juntamente com minha esposa Adriana, de estar na casa da família em Ibicaraí, Bahia, em janeiro de 2014.

Família abençoada! Foi uma alegria muito grande! Conversamos, cantamos, rimos muito! Logo em seguida, ele faleceu. Dezinha continua liderando a família, que já se estende até a terceira geração.

Mas não podemos esquecer que tudo começou quando o grande patriarca Martinho Elias Sampaio deu um sábio conselho ao Furtuoso e lhe deu uma oportunidade de escolha.

Louvado seja Deus por tudo!

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.


sábado, 18 de abril de 2015

Minha relação de amor com Boa Nova, Bahia

Boa Nova é a primeira cidade de minha vida.

Fui batizado em Boa Nova no dia 2 de maio de 1943, com apenas oito dias de idade.

Os nomes relacionados com sua história são nomes familiares para mim, Coelho, Sampaio, Luz, Pereira, Oliveira, são todos nomes da minha parentela.
Depois do dia em que fui batizado, fiquei muito tempo sem ir a Boa Nova. A vida foi me levando para caminhos distantes de lá: Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso do Sul e São Paulo novamente.

Mas em agosto de 2006, Deus me concedeu a oportunidade de retornar a Boa Nova pela primeira vez depois do dia do meu batismo. Foi uma grande emoção! Entrei na Igreja em que fui batizado, certamente já bem diferente daquela de 1943. Igreja vazia. Silêncio absoluto! Lá estava uma Bíblia aberta no Livro do Profeta Jeremias, capítulo 30. Comecei a ler. Quando cheguei ao versículo três, tomei um grande susto. Veja o que estava escrito: “Porque eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que mudarei a sorte do meu povo de Israel e de Judá, diz o SENHOR; fá-los-ei voltar para a terra que dei a seus pais, e a possuirão”.

Depois disso, tenho visitado essa querida cidade outras vezes, entrado em contato com meus parentes que residem lá, e estudado mais sobre sua origem. Descobri que Antonio Coelho Sampaio foi quem construiu a primeira capela que deu origem à cidade de Boa Nova. Continuando meus estudos em documentos antigos de meu avô Antonio Inácio Pereira e minha avó Felipa Maria da Encarnação, descobri que no inventário de minha bisavó Josefa Maria da Encarnação, mãe de minha avó Felipa e esposa de Leonardo José da Luz, consta que ela recebeu parte das terras de Antonio Coelho Sampaio, como herança.

Uma das dificuldades que temos quando estudamos as genealogias dos nossos antepassados é que antigamente as mulheres não recebiam os sobrenomes dos pais, todas tinham como sobrenomes ou Maria da Encarnação ou Maria de Jesus.

Sendo assim, minha conclusão é que provavelmente minha bisavó Josefa Maria da Encarnação era filha de Antonio Coelho Sampaio, o fundador de Boa Nova, e que talvez eu tenha sido batizado na capela que foi construída pelo meu trisavô Antonio Coelho Sampaio.

 Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Minha vida da marinete à internet

Dezoito de julho é uma data marcante em minha vida. Foi no dia 18 de julho de 1959, sábado, que eu deixei o pequeno povoado de Itamira, Município de Mucurici, Estado do Espírito Santo, onde morava juntamente com quase toda a minha parentela, e vim para São Paulo. Itamira hoje pertence ao Município de Ponto Belo. Eu tinha pouco mais de 16 anos de idade. Tomei a marinete que fazia diariamente a linha Nova Venécia, ES - Nanuque, MG. Segui para Nanuque, depois para Teófilo Otoni e Governador Valadares, e em seguida, Rio de Janeiro e São Paulo.

Nasci no Estado da Bahia. Fui batizado na cidade de Boa Nova e registrado no Cartório do Distrito de Boaçu, Município de Jequié. Meu sonho desde criança era vir para São Paulo. Com sete anos de idade fui levado por meus pais para as matas do Contestado, onde hoje é o norte do Espírito Santo. É lá que fica Itamira, de onde eu saí sozinho, com 16 anos de idade, para  vir para São Paulo.

A viagem foi emocionante, uma mistura de curiosidade e medo.

Meu primeiro dia em São Paulo foi 21 de julho de 1959, uma terça-feira. Desembarquei do trem na Estação do Norte, no Brás, e fui para a casa de um conhecido na Freguesia do Ó. A primeira frase que ouvi do dono da casa não foi nada animadora:

- "Meu filho, São Paulo é terra onde filho chora e pai não vê.”
 
No dia seguinte, fui para a casa de um tio que eu não conhecia. No dia 1º de agosto, dez dias depois da minha chegada, comecei a trabalhar como office-boy numa multinacional alemã.
Daí para frente foi só trabalho e estudo. Tive oportunidade de concluir quatro cursos superiores, Teologia, Filosofia, Pedagogia e Direito, e duas especializações, Educação de Jovens e Adultos e Gestão Pública Municipal. Estou habilitado legalmente como pastor, professor, orientador educacional, advogado e jornalista.
Casei, gerei filhos, e já tenho oito netos.
Muitas coisas aconteceram em minha vida. Morei em muitos lugares. Conheci muita gente. Tive alegrias e tristezas. Sempre estudando e trabalhando na educação e na evangelização em todos os lugares por onde passei, tais como, Ponta Porã e Dourados, MS, Flórida Paulista, SP, e sobretudo em São Paulo, Capital. Participei de Campanhas Evangelísticas em Portugal, Espanha, Chile e Paraguai. 
Estou em Tapiraí, SP, juntamente com minha esposa Adriana, desde o ano 2010, onde cuidamos de uma pequena Igreja Batista e realizamos a leitura pública  das Sagradas Escrituras todos os dias, através do Ministério Bíblia na Rua.
Assim foi a minha vida, da marinete à internet.
Obrigado, São Paulo!
Louvado seja Deus por tudo!
Adriano Pereira de Oliveira.



segunda-feira, 16 de março de 2015

Provas da bondade de Deus em minha vida

Senti no meu coração o desejo de escrever o que estou escrevendo neste momento.

Deus sabe que eu tenho a maior vergonha de pedir qualquer coisa para mim a quem quer que seja.

Fico muito envergonhado quando fico em dificuldade financeira. Fico tão envergonhado que não tenho coragem de contar para ninguém.

Mas Deus tem mostrado a sua bondade para comigo nessa área através de algumas experiências.

Vou contar duas delas:

Primeira: Certa ocasião, no início do meu ministério, há cerca de 40 anos, chegou um amigo em minha casa, meio constrangido, meio sem jeito, e me falou o seguinte:

- Adriano, você me desculpe, não sei se você está precisando de alguma coisa, mas eu tenho que fazer porque foi Deus que mandou.

E continuou:

 – Eu tinha um dinheiro para receber, que eu já considerava como perdido, mas orei ao Senhor sobre o assunto, e Ele me disse: Você vai receber, mas quando receber não se esqueça de levar um pouco para o Adriano.

E ainda meio constrangido, enfiou a mão no bolso, tirou certa quantia em dinheiro e me entregou.

Confesso que não estava passando por nenhuma necessidade financeira naquele momento, assim como não estou agora.

Segunda: Quando eu era pastor em Ponta Porã, MS, chegou uma senhora idosa em minha casa e me disse o seguinte:

- Pastor, eu não sei se sonhei ou se tive uma visão, mas eu tinha um inquilino que saiu da minha casa sem me pagar o aluguel, e eu pedi a Deus que tocasse no coração dele para que ele me pagasse, e Deus me disse, não sei se era um sonho ou uma visão, mas Deus me disse que o homem ia me pagar, mas quando eu recebesse era para trazer um pouco para o senhor.

E me entregou certa quantia em dinheiro, com a seguinte advertência:

- Mas é para o senhor, não é para a Igreja, porque Deus me mandou dar o dinheiro para o pastor, não foi para a Igreja.

Louvado seja Deus por tudo!

Adriano Pereira de Oliveira, Tapiraí, SP.