Quem financia as campanhas eleitorais é sempre o povo, é sempre o contribuinte.
Não são os grandes empresários que financiam as campanhas eleitorais.
Será que eu estou doido?
Não. Não estou doido. É o que penso. É o que entendo.
Os grandes empresários simplesmente repassam para os partidos e para os candidatos o dinheiro que eles tiraram ou vão tirar do povo através do superfaturamento de obras públicas ou de vendas de produtos e serviços para a administração pública.
Por isso, os grandes empresários são contra o financiamento público das campanhas eleitorais, e, de comum acordo com a grande mídia, vendem essa ideia para o povo, e o povo compra, pensando que os grandes empresários e a grande mídia estão defendendo os interesses do povo, mas na verdade eles estão defendendo os seus próprios interesses.
Mas é muito importante que o povo entenda que o financiamento público das campanhas eleitorais é o que custa menos para ele, é o que fica mais barato.
Mas alguém pode perguntar, e quando o dinheiro não vem de empresas? E quando o dinheiro vem de uma doação de pessoa física?
É a mesma coisa. É sempre o contribuinte que paga.
Como assim?
É fácil de entender. A pessoa física que dá uma grande oferta para um partido ou para um candidato está esperando alguma recompensa, mesmo que seja a nomeação de algum parente para um cargo em comissão, muitas vezes desnecessário.
E quando é o próprio candidato que financia a sua campanha?
Mesmo assim ainda é o povo quem paga a conta, é o contribuinte quem paga, porque é o contribuinte que paga o salário do político eleito e de todos os que trabalham no serviço público.
Conclusão: Se é sempre o contribuinte que financia as campanhas eleitorais, é melhor escolher o financiamento mais econômico, mais barato, o que lhe custa menos.
E o que lhe custa menos é o financiamento público.
Assim entendo.
Adriano Pereira de Oliveira.
Tapiraí, São Paulo, Brasil, 5 de agosto de 2017.